
As minhas mãos estão quentes
meus pés estão sujos de lama
A lágrima eclode nos dentes
versinhos de porcelana
Um sopro verde aos ouvidos
calmo e volumoso como grama
Novembro tem cheiro de chuva
Dezembro tem gosto de manga
Esfera macia e morna
O ventre, a decomposição
A árvore, nuvem frondosa
desponta rebentos no chão
O frescor amarelo das formas
enche as rosas de ilusão
Umas já formam balaio
Outras rebrotam botão.