sábado, 25 de abril de 2009

Caminho


As minhas mãos estão quentes
meus pés estão sujos de lama
A lágrima eclode nos dentes
versinhos de porcelana

Um sopro verde aos ouvidos
calmo e volumoso como grama
Novembro tem cheiro de chuva
Dezembro tem gosto de manga

Esfera macia e morna
O ventre, a decomposição
A árvore, nuvem frondosa
desponta rebentos no chão

O frescor amarelo das formas
enche as rosas de ilusão
Umas já formam balaio
Outras rebrotam botão.

Um comentário:

  1. Como gosto que escrevas. Parece que o mundo todo existe somente para que eu te leia!

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