
Uma planta perdeu muita água porque não chovia.
Uma menina perdeu um dedo;
chovia, contudo.
A planta perdeu algumas folhas, sofria.
A menina já não sofria muito,
todavia faltasse um pedaço.
As duas se olharam no parque, e havia
um desespero calado.
Choveram na planta, um dia
e voltaram a crescer seus braços.
A menina sem dedo,
sem dedo aprendia,
escrevia com outro lado.
Brincava de balanço, sorria,
mas faltava sempre um pedaço.
E a planta morreu, um dia.